sábado, 5 de janeiro de 2008

Parques aeólicos 2007

A utilização de energias limpas é hoje finalmente um assunto incontornável na agenda de muitos governos mundiais. Pressionados pelas notícias de alterações climatéricas, pela escalada do preço do petróleo e pela crescente tomada de consciência da opinião pública para o assunto, aparecem cada vez mais iniciativas de produção de energias alternativas.
Também os recentes tratados mundiais para a redução das emissões de CO2, ao preverem a aplicação de pesadas multas aos países infractores são hoje determinantes nas políticas energéticas de cada estado.
Portugal tem a hipótese de se tornar neste campo um polo mundial de novos recursos energéticos, pelas novas exigências, mas principalmente pelas excelentes condições climatéricas.
Para além da componente ambiental outros dois benefícios seriam conseguidos: o caminho para uma desejada autonomia energética (pelo menos considerando a área da produção eléctrica) e a consequente exportação para outros países do conhecimento técnico-científico adquirido com a experiência.
O investimento privado tem neste aspecto dado um grande contributo e apesar de o sector energético ser sempre económicamente rentável os governos nunca se poderão alhear de desempenhar um papel fortemente dinamizador.
Os parques aeólicos em Portugal produziram no ano de 2007 cerca de 8% das necessidades de consumo eléctrico. Houve dois dias no ano em que este valor foi mesmo superior a 20% segundo a recente notícia divulgada com agrado pela associação portuguesa de energias renováveis apren.
Sim, de facto parece que temos o barco na rota certa, só necessitamos talvez de acrescentar mais alguns nós na velocidade. Abram-se as velas, aproveite-se o vento, vamos navegar a todo o pano!